quarta-feira, 5 de setembro de 2007

As armas da 1ª guerra mundial

Na primeira guerra mundial muitas armas foram utilizadas pelos combatentes de diverssos países para defenderem suas nações e propósitos,sendo das quais citaremos algumas delas aqui.

MG34


A MG34 (do Alemão Maschinengewehr 34, em Português Metralhadora 34) é uma metralhadora Alemã, inicialmente usada em 1934, considerada por muitos como sendo a primeira metralhadora de uso geral moderna. Foi usada como a metralhadora primária de infantaria durante os anos 30 e manteve-se como a arma de defesa contra tanques e aviões. Pretendia-se que a arma fosse substituída no serviço de infantaria pela MG42, mas nunca houve armas suficientes desse novo design, continuando, as MG34, a servir até ao fim da Segunda Guerra Mundial.
A MG34 foi desenhada primeiramente por Heinrich Vollmer da Mauser, baseada na Solothurn 1930 (MG30) desenhada pela Rheinmetall-Borsig, que também fora recentemente introduzida e que entrara em serviço na Suíça.
A metralhadora era usada com um bipé e pesava apenas 12.1 kb, consideravelmente menos que outras da mesma era. Podendo utilizar dois tipos de compartimento de munição, de 7.92 mm.
A nova arma foi aceita para serviço quase imediatamente, e as tropas geralente apreciavam-na. Foi utilizada com grande efeito por soldados Alemães assistindo os facistas na Guerra Civil Espanhola. No seu tempo era considerada mais avançada que as armas equivalentes usadas por outras forças (com excepção da MG30), tanto em termos de velocidade de disparo, quanto por ser mais fácil de ser carregada – apenas por um soldado. Contudo a MG34 era muito cara, em função dos materiais necessários para sua fabrcação (49kg de aço), e não podia ser desenvolvida no montante necessário para o exército Alemão, que se escontrava em expansão. Ficou, também, provado que era pouco resistente a condições climáticas mais severas, danificando-se facilmente quando suja.
Nos fins dos anos 30, já havia eforços para simplificar a MG34, que desaguariam na MG42. Contudo a MG42 não podia ser utilizada em tanques devido ao seu barril quadrado; dessa forma, a MG34 continuou em produção até ao fim da guerra.
A MG34 também era utilizada como base de uma nova arma antiaérea: a MG81. Para esse papel, a arma foi ligeiramente modificada para que dispusesse de compartimentos de munição em qualquer um dos lados; noutra versão, duas armas eram juntadas num único gatilho para formar a MG81Z (de zwilling, gémeo em Alemão). A produção da MG34 nunca foi suficiente para agradar seus utilizadores, e, enquanto a MG81 era um grande melhoramento sobre a MG15 e MG17, essas armas ainda podiam ser encontradas em uso até o fim da guerra.

Uso em Portugal
Em 1944 o Exército Português recebeu um lote de MG34, que em Portugal ficaram conhecidas por Metralhadora Borsig m/944. Estas armas destinavam-se a complementar as Dreyse m/938 (MG13) como metralhadora ligeira dos pelotões de Infantaria. Uma grande curiosidade é o facto da Alemanha ter acedido vender as MG34 a Portugal, numa altura desesperada em que necessitava de todas as armas modernas que podesse obter.


Sturmgewehr 44


A Sturmgewehr 44 foi desenvolvida pela Alemanha Nazi nas etapas iniciais da Segunda Guerra Mundial. Nas primeiras etapas da guerra, o exército Alemão considerava a espingarda como apenas uma arma de "suporte", sendo a arma primária da infantaria a metralhadora. Num típico esquadrão os soldados carregavam consideravelmente mais munição para a sua MG34 do que para as suas próprias espingardas.
Contudo em combate a
metralhadora provou ser demasiado grande para ser operada durante a batalha, significando que os soldados precisavam de usar as suas espingardas enquanto avançavam. Enquanto os defensores não tinham limitações no uso das suas metralhadoras devido a encontrarem-se em posições fixas.
Assim o exército que dependia das suas tácticas
blitzkrieg de rápida ofensiva, viu-se sem armas eficazes para um avanço rápido e para responderem contra as espingardas com maior taxa de fogo dos aliados. Por este motivo foi aumentado o uso de pistolas-metralhadoras como a MP28, MP38, e MP40, formando esquadrões conhecidos como tropas de assalto que podiam criar uma elevada velocidade de disparo enquanto avançavam. Infelizmente o uso de munição de pistolas nas pistolas-metralhadoras fazia com que estas tivessem um alcance demasiado curto, tornando as tropas de assalto apenas eficazes em zonas urbanas.
O problema voltou a se notar mais uma vez durante a invasão da
União Soviética. O Exército Vermelho tinha estado anteriormente à invasão a substituir as suas velhas espingardas por espingardas semi-automáticas mais sofisticadas. Números cada vez maiores de espingardas Tokarev SVT-38 e SVT-40 estavam a ser distribuídas às unidades do Exército Vermelho quando a invasão teve início, embora estas espingardas mais avançadas estivessem restringidas a unidades de elites e oficiais devido à sua baixa produção inicial. Além das Tokarev SVT-38 e SVT-40 as forças soviéticas estavam equipadas com pistolas-metralhadoras ainda mais avançadas que as alemãs, dando ao Exército Vermelho uma superioridade em poder de fogo, estas pistolas-metralhadoras eram inclusive distribuídas numa escala ainda maior; algumas companhias de infantaria soviéticas chegavam a estar completamente equipadas com poderosas pistolas-metralhadoras PPSh-41.[1]
A experiência dos soviéticos com estes grandes volumes de armas automáticas como a espingarda obrigaram os comandantes alemães a reconsiderar as suas necessidades de armas. O exército alemão tinha já estado a tentar introduzir a sua própria arma semi-automática, sendo a mais notável a
Gewehr 41, mas estas espingardas revelaram problemas no campo de batalha, e a sua produção era insuficiente para as necessidades alemãs.



Submetralhadora Thompson



A Thompson foi projetada pelo General John T. Thompson entre 1917 e 1919 e fabricada pela Auto-Ordnance Corporation. Era uma arma refinada, com coronha e empunhaduras de madeira e um acabamento de muita classe. Tal qual suas correspondentes MP40 (Alemanha) e Ste Mark II (Inglaterra), ela foi uma das primeiras submetralhadoras (ou metralhadoras de mão). Foi muito usada pelos gângsteres americanos, e ficou eternizada como o símbolo de Al Capone.
A primeira versão, Thompson M1, utilizava-se de um carregador tipo tambor, com 50 cartuchos, que permitia dar uma rajada bem maior de tiros, mas era propenso a falhas. Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial foi utilizado o segundo modelo, a Thompson M1A1, que possuía um carregador reto convencional de 30 cartuchos, mais seguro, e sua fabricação foi simplificada para facilitar a produção em massa.
Geralmente usada por soldados de patentes maiores, a Thompson foi a submetralhadora padrão do exército americano e também foi usada pelos Ingleses em África. No entanto, tinha um coice forte, o que dava uma certa desvantagem em relação à sua rival MP40/I. Chegou a ser modestamente utilizada na guerra do Vietname. Sua munição era o .45 ACP.


MP18

Em 1915 a Comissão Alemã de Testes de Espingardas em Spandau decidiu desenvolver uma nova arma para o combate em trincheiras. A intenção original da comissão de modificar uma arma já existente com este objectivo provou-se impossível devido a problemas técnicos, e como tal o desenvolvimento e plano de uma arma completamente nova era necessário. Hugo Schmeisser eventualmente desenhou uma arma que preenchia todos os requisitos. Esta arma foi designada Maschinenpistole 18.I (MP18.I). Produzida pela Bergmann, a arma serviu nos finais da guerra e também foi utilizada pela polícia alemã após o fim da guerra.
A MP27.II foi um melhoramento da MP18, utilizada pela polícia alemã e pelas unidades SS. Uma versão desta arma conhecida como SIG M1920, foi fabricada na Suíça e uma outra designada por Steyer Solothurn S1-100 ou MP34 pela Steyr Solothurn na Áustria.

Uso em Portugal
Portugal adquiriu a versão Steyer Solothurn de 7,65 mm em 1938, denominando-a Pistola-Metralhadora Steyer m/938. Em 1942 o Exército Português voltou a comprar uma nova quantidade destas armas, mas, desta vez, de calibre 9 mm. Estas armas, denominadas Steyer m/942 tornaram-se a pistola-metralhadora padrão do Exército Português até à década de 1950, altura em começaram a ser substituídas pelas FBP m/948. A arma foi, no entanto ainda usada pelo Exército no início da Guerra do Ultramar e pelas forças de segurança (Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública) até à década de 1970.

PPS-43

PPS-43, uma variante da pistola-metralhadora Pistolet-pulemet, desenhada por Aleksei Sudaev e primeiro usada durante a Batalha de Estalinegrado, foi o resultado da simplificação da PPSh-41, e é comum ser considerada a melhor pistola-metralhadora da Segunda Guerra Mundial.
Inicialmente fabricada como PPS-42, foi futuramente melhorada, resultando na PPS-43. O uso de dobras permitiram que o comprimento da arma fosse reduzido de 820 mm para 620 mm. O seu comprimento fez dela a arma ideal para paraquedistas, equipas de tanque e unidades de reconhecimento.
Descobrindo várias falhas no pesado tambor de munições, a PPS-42 foi desenhada para utilizar cartuchos de tipo caixa de 35 balas. Este tipo de cartuchos também era compatível com a PPSh. A PPS não podia utilizar o tambor dessa arma.
As PPS-43 capturadas pelos Alemães eram usadas como a MP719(r). Ao contrário da MP717(r), foram convertidas para disparar munições de 9 mm.

PIAT

Projector Infantry Anti Tank (PIAT) foi uma das primeiras armas antitanque baseada na HEAT, desenvolvida pelo Exército Britânico em 1941, chegando em 1943 ao campo de batalha a tempo para a invasão da Sicília. Ao contrário da bazooka americana e a sua cópia Alemã, a Panzerschreck, a PIAT podia ser utilizada com mais segurança em espaços fechados, que facilitava a utilização em combate próximo e para ser disparada de dentro de edifícios.
No início da Segunda Guerra Mundial, os maiores exércitos encontravam-se a financiar pesquisas sob o HEAT, para produzir uma arma de infantaria capaz de derrotar os mais modernos veículos blindados. Os americanos e alemães concentraram-se em rockets para propulsionar as suas armas, mas em 1941 quando a PIAT começou a ser desenvolvida estes sistemas não encontravam-se ainda operacionais.
As primeiras versões utilizadas na Sicília provaram que era necessário um tiro "perfeito" ou então não explodia ao entrar em contacto com o alvo, ganhando assim muito depressa um desprezo por entre as tropas. O exército tratou então de desenvolver a PIAT, e já durante a invasão da ilha principal da Itália a arma encontrava-se melhorada. Então por sua vez, a PIAT poderia ser encontrada em todos teatros de batalha, embora a arma fosse considerada como um tiro-por-batalha devido a levar algum tempo a recarregar.
A PIAT continuou como a principal arma antitanque no exército britânico até 1950, quando foi substituída pela bazooka M20 (85mm) americana, e mais tarde pela espingarda Carl Gustav.